O Programa Mais Floresta terá seu encerramento realizado no próximo dia 9 de agosto, em Cassilândia (MS). Promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS, o Programa que atendeu produtores rurais de 18 municípios de Mato Grosso do Sul, finaliza suas atividades em 2012. Cassilândia é a 19º cidade a receber o ciclo de palestras, que será sediado no Sindicato Rural local, com abertura às 7h30 e inscrições gratuitas, que podem ser feitas pelo site www.senarms.org.br.
O Programa Mais Floresta teve início em 2011 levando a cerca de 1500 pessoas informações que visam estimular, orientar e viabilizar uma demanda maior de investimentos no setor florestal do Estado. De acordo com o presidente do Conselho Administrativo do Senar/MS, Ademar Silva Junior, o setor tem recebido investimentos, o que demanda mais qualificação e aprimoramento dos produtores. “A atividade florestal é um bom negócio”, destaca.
Informações divulgadas pelo Infoagro, publicação da Unidade Técnica da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), apontam que os produtos florestais de Mato Grosso do Sul geraram, no primeiro semestre de 2012, um volume de 5 milhões de toneladas, com um rendimento de US$ 251 milhões de dólares. Ainda segundo a publicação, a área plantada em floresta cresceu 233% nos últimos cinco anos, saltando de 149 mil hectares em 2006, para 497 hectares em 2011.
Com a previsão de que em 2030, Mato Grosso do Sul tenha uma área plantada de 1 milhão de hectares, o setor tem atraído um maior número de produtores rurais dispostos a investir na atividade florestal. “A diversificação de atividades têm sido cada vez mais explorada pelo produtor Sul-mato-grossense”, explica o presidente da Famasul, Eduardo Riedel. “Nosso papel é esse: despertar o interesse e indicar alternativas técnica e economicamente viáveis a quem pretende investir no setor”, complementa.
Para muitos pecuaristas, a atividade florestal tem representando uma opção rentável para a substituição de áreas de pastagens degradadas. De acordo com o superintendente do Senar/MS, Clodoaldo Martins, “a substituição dessas áreas permite que as características químicas e físicas do solo sejam melhoradas”. Isso ocorre, segundo ele, em razão dos tratos culturais para implantação do empreendimento e pelo plantio de árvores na área, que faz a cobertura do solo.
A produção de eucalipto oferece ao produtor rural opções de venda para as indústrias de celulose, ou para produção de carvão vegetal e postes. No entanto, para quem opta por cultivar a seringueira, o mercado se apresenta favorável, já que o Brasil não é autossuficiente em látex, e é obrigado a importar da Ásia 66% do consumo nacional – índice que tende a subir, por conta da demanda da indústria automobilística. Estimativas apontam que Mato Grosso do Sul pode vir a ocupar a segunda posição na produção nacional em 2030, ficando atrás apenas do estado de São Paulo.
Mais Floresta - O programa faz parte do Plano para o Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas, que define estratégias para o desenvolvimento florestal em Mato Grosso do Sul. O Mais Floresta é realizado pelo Senar/MS em parceria com Famasul, e conta com apoio do Painel Florestal, Cautex Florestal, Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, Reflore MS, Sebrae/MS, Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura-SBAG e Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD.
Complexo da Borracha - Durante o encerramento do Programa Mais Floresta, a Cautex Florestal promove às 11 horas, o lançamento do Complexo da Borracha, que será instalado na cidade de Cassilândia, em uma área de 40 mil hectares. É um projeto pioneiro no Brasil, verticalizado na cultura da seringueira, que vai beneficiar toda a cadeia produtiva, do início ao fim. A expectativa é que sejam gerados cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos. As obras para construção do Complexo da Borracha devem ser iniciadas ainda neste ano e a previsão é que o parque transformador da borracha natural inicie as atividades em 2014.
Marcele Aroca
Gerente de Comunicação /Jornalista MTB 071/MS
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