terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Luiza Tavares de Almeida mais próxima da vaga olímpica

Amazona paulista que monta cavalos Lusitanos registrou no fim de semana seu 4º índice com Pastor. Soma, ainda, outros dois índices com Samba, e é a favorita a única vaga reservada para a América Latina para a disputa individual no Adestramento. A brasileira promete novas emoções nos dias 25 e 26/2, quando o Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, recebe a última seletiva olímpica da modalidade

Com direito a lágrimas, Luiza Almeida comemorou seu quarto índice olímpico registrado no sábado, 11/02, no Clube Hípico de Santo Amaro, na Capital paulista, palco das três últimas seletivas que definirão se o Brasil terá representação na disputa por medalha individual nos Jogos de Londres, em julho. Luiza é a única atleta brasileira com chances de ocupar a única vaga do Adestramento, modalidade do hipismo, destinada a América Latina. Sua concorrente é Ivonne Llosos, da República Dominicana, que vem participando de seletivas nos Estados Unidos, mas está em desvantagem em relação a atleta brasileira. A definição acontece no início de março. Até lá Luiza Almeida participa da última seletiva, dias 25 e 26/2, também no CHSA. Llosos, que compete no próximo fim de semana no Winter Equestrian Festival, na Flórida (EUA), ainda pode buscar melhorar seus índices no fim de fevereiro em outra seletiva em território norte-americano.

ÍNDICES COM DUAS MONTARIAS

O fim de semana de 11 e 12/2 foi especial para o Adestramento brasileiro, principalmente para Luiza Tavares de Almeida.

No sábado, 11, a amazona paulista registrou seu 4º índice montando Pastor ao vencer o Grand Prix com média final de 67,191% - a melhor até o momento. Com sua outra montaria, Samba, fez seu segundo índice ao fechar com média final de 66,128% de um mínimo necessário de 64%. Entre os dois pódios de Luiza se posicionou Rogério Clementino, do Ilha Verde Team, que alcançou média final de 66,745% montando Sargento do Top.

No domingo, 12, no Grand Prix Freestyle, Luiza Almeida voltou a ser destaque da disputa, ocupando os dois primeiros lugares do pódio. Montando Samba e em apresentação impecável a atleta garantiu a excelente média final de 70,125%. Já com Pastor ficou em 2º lugar com a média final de 68,350%. O terceiro lugar do pódio também foi do Rocas do Vouga Team com Pedro Tavares de Almeida e Toleirão da Broa e média final de 68,075%, seguido por Rodolpho Riskalla com Portugal – cavalo do Ilha Verde Team – com média final de 64,425%.

Mercedes Campdera Alatorre, do México, e Janine Rohr-Cicurel, da Argentina, foram os juízes estrangeiros que atuaram ao lado de Sabine Bilton, Cláudia Moreira de Mesquita e do Cel. Salim Nigri, representantes do Brasil.

OS ÍNDICES DE LUIZA ALMEIDA RUMO A LONDRES

Disputando com duas montarias, a amazona já contabiliza dois índices com Samba e quatro com Pastor. Os dois animais são da raça Puro Sangue Lusitano.

Após o Pan de Guadalajara, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) programou seis Concursos de Dressage Internacional (CDI3*) válidos como seletivas para a disputa da vaga individual do Adestramento nas Olimpíadas de Londres 2012. Três das seletivas foram realizadas entre novembro e dezembro. As outras três ao longo deste mês de fevereiro.

Na primeira seletiva, entre 18 e 20/11, Luiza Almeida “bateu na trave” com suas duas montarias (63,319% com Pastor e 62,319% com Samba), mas não alcançou o índice mínimo de 64% no Grand Prix. Na disputa, no entanto, Pastor, que fazia sua estréia em Grand Prix, foi o destaque do Freestyle ao registrar a média final de 68,275%. Atuaram como juízes estrangeiros Katrin Wüst, da Alemanha, e César Lopardo, da Argentina.

Os primeiros índices começaram a ser registrados a partir da segunda seletiva. Confiram quando e onde foram registrados os índices olímpicos da amazona paulista.

LUIZA ALMEIDA E PASTOR
O conjunto foi formado em 2011, ano em que conquistou a medalha de ouro individual e por equipe nos Jogos Mundiais Militares realizados no Rio de Janeiro, além da participação nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.

1º ÍNDICE
09/12 - Grand Prix – 64,553%
11/12 - Grand Prix Freestyle – 68,600%

2º ÍNDICE
16/12 - Grand Prix – 66,000%
18/12 - Freestyle – 69,200%

3º ÍNDICE
04/02 - Grand Prix – 65,363%
05/02 - Freestyle – 67,700%

4º ÍNDICE
11/02 - Grand Prix – 67,191%
12/02 - Freestyle – 70,125%

LUIZA ALMEIDA E SAMBA
Primeiro cavalo que a amazona montou no Adestramento, a partir de 2006, é o parceiro de várias conquistas no Brasil, além de medalha de bronze por equipe no Pan do Rio/2007, montaria nas Olimpíadas de Pequim/2008, Jogos Equestres Mundiais/2010 e no Pan de Guadalajara 2011.

1º ÍNDICE
04/02 - Grand Prix – 65,702%
05/02 - Freestyle – 63,475%

2º ÍNDICE
11/02 - Grand Prix – 66,128%
12/02 - Freestyle – 70,125%

PARA CARIMBAR O PASSAPORTE

Por não ter conseguido medalha nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, a equipe brasileira de Adestramento ficou fora das Olimpíadas de Londres. O País, no entanto, tem chances de se fazer representar na disputa por medalha individual. E para se alcançar a única vaga reservada para atletas da América Latina serão levados em consideração: as quatro melhores médias do atleta, somando-se o resultado do Grand Prix (a partir de um mínimo de 64%) e do Grand Prix Freestyle (prova com música e coreografia livres). Quem apresentar o melhor resultado (Luiza Almeida, do Brasil, ou Ivonne Llosos, da República Dominicana) fatura a vaga. Outro fator preponderante é a colocação do atleta no Ranking da Federação Equestre Internacional (FEI). No balanço mais recente, de 31/01, Luiza Almeida ocupa a 148ª colocação, enquanto Ivonne Llosos está em 204º lugar. A definição sai na primeira semana de março.

Rute Araújo
11 – 9131-4712 - 11 – 5666-8524
Ruthe.araujo@uol.com.br

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